Musicoterapia

O que é Musicoterapia?

“Musicoterapia é um campo de conhecimento que estuda os efeitos da música e da utilização de experiências musicais, resultantes do encontro entre o/a musicoterapeuta e as pessoas assistidas. A prática da Musicoterapia objetiva favorecer o aumento das possibilidades de existir e agir, seja no trabalho individual, com grupos, nas comunidades, organizações, instituições de saúde e sociedade, nos âmbitos da promoção, prevenção, reabilitação da saúde e de transformação de contextos sociais e comunitários; evitando dessa forma, que haja danos ou diminuição dos processos de desenvolvimento do potencial das pessoas e/ ou comunidades.

Quem é o musicoterapeuta?

O musicoterapeuta é o profissional de nível superior ou especialização, com formação reconhecida pelo MEC e com registro em seu órgão de representação de categoria. Ele/a é habilitado/a a exercer a profissão no Brasil. Ele/a facilita um processo musicoterápico a partir de avaliações específicas, com base na musicalidade e na necessidade de cada pessoa e/ou grupo. Estabelece um plano de cuidado e um processo musicoterápico a partir do vínculo e de avaliações específicas atendendo às premissas de promoção da saúde, da aprendizagem, da habilitação, da reabilitação, do empoderamento, da mudança de contextos sociais e da qualidade de vida das pessoas, grupos e comunidades atendidas. O musicoterapeuta pode atuar em áreas como: Saúde, Educação, Social / Comunitária, Organizacional, entre outras”.​ *

Os principais processos utilizados na prática musicoterápica são os processos receptivos ou ativos de improvisação, composição, recriação, audição e somatopercepção. Com base em modelos criativos, analíticos, neurológicos, vibroacústicos e comunitários.

Atualmente, a Musicoterapia consta do Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o número 2263-05.

* UNIÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA. Definição Brasileira de Musicoterapia. 2018. Disponível em:

 http://ubammusicoterapia.com.br/definicao-brasileira-de-musicoterapia/.

Quais os contextos de intervenção?

  • Em equipes multidisciplinares,
  • Dentro de um processo clínico individual ou grupal,
  • Direcionada ao público infanto-juvenil, jovens, adultos e idosos.

Nas seguintes modalidades:

  • Reabilitação

  • Saúde Mental

  • Gerontologia

  • Tratamentos Intensivos / Cuidados paliativos

  • Desenvolvimento Pessoal / Autoconhecimento

  • Musicoterapia Didática

  • Supervisão em Musicoterapia

Musicoterapia em Reabilitação

Terapia realizada por musicoterapeutas qualificados, indicada para crianças em qualquer faixa etária logo a partir do nascimento,  para adultos e idosos.

Pode ser preventiva ou realizada como tratamento na reabilitação motora ou cognitiva, obtendo respostas bastante significativas em crianças no espectro autista, com lesões cerebrais e síndromes diversas, além de ser aplicada a adultos com dificuldades motoras, cognitivas ou neurológicas e pacientes idosos vítimas de doença de Parkinson, Alzheimer e demência.

Dispondo da estimulação sensorial, das atividades musicais como recurso de comunicação e ampliação de discurso, e da reabilitação através do ambiente lúdico favorecido pelo contexto musical com técnicas e abordagens musicoterápicas.

Musicoterapia em Saúde Mental

Intervenções musicoterapêuticas realizadas por profissionais qualificados, aplicadas em jovens e adultos como medida de prevenção, na reabilitação, na  promoção da saúde mental e tratamento de problemas psíquicos, psicoemocionais e processos somáticos: psicossomatizações, traumas, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade, dor crônica, estresse pós-traumático, estados de estresse.

Musicoterapia em Gerontologia

A contribuição da musicoterapia em gerontologia é bastante significativa. A investigação da identidade sonora e da experiência musical individual de pacientes idosos, permite uma estimulação neurológica eficaz atingindo o núcleo de memória afetiva quando, a cada escuta da melodia familiar, lembranças e emoções relativas àquelas experiências são despertadas.

As respostas ao estímulo sonoro e musical despertam o organismo como um todo, desde respostas emocionais à estimulação de imagens e reminiscências, traduzindo-se em vivacidade e energia. Estudos demonstram que, mesmo que a capacidade das pessoas com deficiência de memória em processar muitos tipos de informação tenham sido perdidas, a resposta emocional às músicas familiares são quase espontâneas¹. Portanto, a musicoterapia é uma ferramenta importante para devolver momentos de vida escondidos pela incapacidade do organismo em responder a outros estímulos.

Aplicações vibroacústicas, por sua vez, possuem efeito direto sobre problemas comuns ao envelhecimento melhorando a amplitude de movimentos, trazendo o alívio das dores, o equilíbrio do sistema nervoso e a diminuição da pressão arterial, além de estimular as funções cognitivas. Tais aplicações possibilitam o relaxamento e bem estar geral, traduzindo em sensação de cuidado e atenção plena, além de minimizar a carência de toque da escuta profunda.

Musicoterapia em tratamentos intensivos

Pacientes em tratamentos intensivos estão submetidos a uma rotina intensa e desgastante de intervenções que impactam o organismo como um todo. Promover o cuidado integral e humanizado, que inclua a multidimensionalidade do paciente é imprescindível. Ao atender às expectativas de comunicação, verbal e não verbal, e à necessidade de escuta, oferecemos ao paciente uma atenção em profunda ressonância com seu ser e a disponibilidade de olhar para além dos sintomas, alcançando sentimentos, emoções e novas perspectivas. Intervenções terapêuticas sonoras sensíveis ao contexto holístico de instalação de uma doença, conduzem a experiências reconfortantes, a espaços de segurança, à escuta ampla do corpo e do ser, e à comunicação empática e ressonante consigo (apoio interno) e com o outro (apoio do cuidador).

De maneira singular, as práticas terapêuticas através do som conduzem ao alívio físico, emocional e espiritual. Nestes casos, possibilitam a melhoria no estado de humor, o alívio do estresse e tensões somáticas, a minimização de pensamentos negativos, aumento da capacidade respiratória, alívio da dor e da fadiga; tornando-se uma aliada nos agravos psicossomáticos e na revitalização geral do sistema. Atuando diretamente no núcleo da dor física e emocional destes pacientes, o acolhimento sonoro integral é um caminho suave e seguro que conduz ao alívio espiritual, à ampliação do sentido da vida e à reconexão com o sentido de paz interior.

Musicoterapia para o desenvolvimento pessoal

A musicoterapia é uma prática enriquecedora que permite a autopercepção, a expansão de consciência e trocas significativas intra e interpessoal que leva ao mergulho profundo em si mesmo. Indicada para o público interessado em desenvolver seu potencial através da música e do som.

Musicoterapia Didática

Benenzon designa por Musicoterapia Didática o treino metodológico que permite: a capacidade de utilizar todos os elementos de um contexto não-verbal e as expressões corporo-sonoro-musicais de forma adequada; a manipulação e a criação de instrumentos sonoro-musicais; o reconhecimento das próprias identidades sonoras (ISOS)  e dos objetos intermediários pessoais; a possibilidade de entrar e de sair de estados regressivos; a capacidade de descobrir sensações transferenciais e contra-transferenciais; a adaptação técnica do sistema metodológico do modelo para as distintas alternativas terapêuticas, e ainda, o uso dos protocolos. 

Supervisão em musicoterapia

A supervisão individual em musicoterapia objetiva apoiar os profissionais na sua atividade clínica com crianças, jovens e adultos. Oportuniza o enriquecimento da prática através da troca de experiências, fornece recursos para o desenvolvimento do raciocínio clínico, cria um espaço de segurança que suporta e orienta o profissional perante as questões psicoemocionais advindas da prática, propicia a aquisição de referencial teórico e conhecimento técnico, além de desenvolver estratégias de atendimento.

O Canto Alumiar conta com os profissionais Leonardo da Cunha e Ricardo Romanha que supervisionam abordagens musicoterapêuticas com ênfase na psicanálise ou em métodos convencionais em musicoterapia para crianças, jovens e adultos; e com a profissional Susan Gumes que possui um enfoque nas abordagens musicoterapêuticas vibroacústicas e de orientação psicossomática, direcionadas à clínica de adultos.

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